sexta-feira, 30 de julho de 2010

O meu olhar é nítido como um girassol.


Tenho o costume de andar pelas estradas


Olhando para a direita e para a esquerda,


E de, vez em quando olhando para trás...


E o que vejo a cada momento


É aquilo que nunca antes eu tinha visto,


E eu sei dar por isso muito bem...


Sei ter o pasmo essencial


Que tem uma criança se, ao nascer,


Reparasse que nascera deveras...


Sinto-me nascido a cada momento


Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,


Porque o vejo. Mas não penso nele


Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele


(Pensar é estar doente dos olhos)


Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...


Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,


Mas porque a amo, e amo-a por isso,


Porque quem ama nunca sabe o que ama


Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...


Amar é a eterna inocência,


E a única inocência não pensar...

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