sábado, 25 de setembro de 2010

Pais desesperados e filhos incompreendidos

A criança não se conseguia concentrar. Era irrequieta, perturbava os colegas, tinha os trabalhos de casa sempre atrasados. Um desespero. A mãe não teve outra solução: foi consultar um especialista. Falaram longamente. No final, o médico sentou-se junto da miúda e disse-lhe: "estive a ouvir todas as coisas que a tua mãe me contou e preciso de falar com ela em privado. Por isso, espera aqui. Já voltamos". Enquanto saíam, ele ligou o rádio que tinha na secretária. Já fora da sala, disse para a mãe: "Fique aqui e observe-a". Assim que saíram da sala, a menina levantou-se e pôs-se a dançar a música. Observaram-na por alguns minutos e, finalmente, o médico acrescentou: "Sra. Lynne, a Gillian não está doente. Ela é uma bailarina. Leve-a a uma escola de dança".



A mãe acabou por seguir o conselho e diz a própria Gillian, muitos anos mais tarde: "Não consigo dizer quão maravilhoso foi: entrámos numa sala que estava cheia de pessoas como eu. Pessoas que não conseguiam estar quietas. Pessoas que precisavam de se mexer para pensar". Fez uma audição na Royal Ballet School, tornou-se solista, teve uma carreira fantástica e formou a sua própria companhia, a Gillian Lynne Dance Company. Conheceu Andrew Lloyd Weber e foi responsável por alguns dos maiores espectáculos musicais de todos os tempos como Cats ou o Fantasma da Ópera.









Onde os professores viram um problema e os pais uma deficiência, o médico reconheceu um talento. Quando uns teriam receitado medicação e aconselhado a acalmar, o médico aconselhou a explorar e incentivar.





Texto transcrito a partir da conferência de Ken Robinson "Schools kill creativity"
Texto descoberto no blogue vidas de um colégio

Sem comentários:

Enviar um comentário

Contador de Visitas

free counter

Seguidores

ATRAVÉS DESTE BLOGUE OS PAIS PODERÃO ACOMPANHAR AS ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS REALIZADAS PELOS SEUS EDUCANDOS.

Arquivo do blogue